quinta-feira, 20 de maio de 2010

Escola do Litoral.

A Vida na Praia.
As praias estão entre os ambientes mais descaracterizados de sua formação natural. Historicamente receberam os maiores impactos, quer seja pela ganância imobiliária ou pela presença maciça do turismo de fim de semana, feriados prolongados e férias.
Por longo tempo as praias foram rota do esgoto e rejeitos urbanos, além dos conhecidos desastres ambientais. As praias estão hoje incorporadas a cultura humana o único problema é que há pouca praia para tanta gente.

Mais que uma simples faixa de areia entre mar e continente as praias são chamadas de Planícies de Acumulação, por abrigarem areias arrastadas pelas grandes correntes oceânicas. Areias pretéritas com milhões de anos lançadas nos oceanos pelo Ganges, Yan-Tsé e outros tributários menores formam ambientes importantes modelados por ventos, água e areias. Abrigam formas de vidas complexas que integram o grande circuito da ecologia.
Na praia podemos identificar três ambientes, bem definidos impostos pelo regime das marés.

Movimentos de avanço e recuo da linha d’água, maré alta e maré baixa impõem condições físico-químicas que abrigam incontáveis organismos e milhares de espécies.
Influênciada pela Lua a maré alta é marcada pela elevação do nível do oceano e pelo maior avanço da linha d’água avançando em direção à terra. Reduzindo a praia a uma estreita faixa de areia.
A maré baixa ao contrário ocorre porque há uma diminuição do nível oceânico, seguido pelo recuo da linha de maré. Estes movimentos, períodos de maré, acabam por delimitar três zonas distintas:
1.Supralitoral – é a faixa de areia que fica acima da linha de maré mais alta. Permanentemente ensolarada e seca, só umidificada pelos borrifos das ondas. Morada do caranguejo conhecido como maria-farinha e residência permanente da vegetação rasteira como capim-da-praia, cipózinho e hidrocótile e local preferido pelos banhistas para banho de sol.







Observe na foto acima a praia com vegetação nativa . Foto 1 -Arquivo - Centro de Documentação - Museu da Cidade - PDA/PG.
Foto 2 - Vila Caiçara/PG - Paulo Ferreira Dez/08.


2.Mediolitoral – zona marcada pelos dois movimentos da linha d’água e duas situações distintas. O mediolitoral durante a maré baixa é exposto à luz, calor e atmosfera, ficando totalmente encoberto na maré alta. É a região do tatuzinho-da-praia, dos moluscos popularmente conhecidos como vongole, oliva, sanguinolária e dezenas de outros, veja alguns exemplares na página 4. Faixa de alimentação de aves marinhas e zona de segurança das mães que brincam com as crianças no rasinho.







Foto 3 - Crianças brincando - acervo CEDOM-M.C.-PDA/PG . Foto 4 - Maçaricos forrageando no medilitoral, fotografia do autor.

3.Infralitoral - zona subaquática, que é delimitada pelo nível da maré mais baixa e que nunca é descoberta pela maré. Zona rica em peixes e algas.

Identificação das praias.
As praias são identificadas de acordo com seu perfil, podendo ser muito abrigada, Praia de São Vicente ou aberta, como é o caso da Praia Grande.
Dependendo da inclinação e dos acidentes de relevo da costa, maior serão as variações de correntezas e dos padrões de circulação aquática. Conseqüentemente também haverá maiores diferenças de temperatura, salinidade, turbidez, disponibilidade de alimento e abrigos contribuindo para uma diversidade e densidade biológica maior.
A diversidade• ou abundância• dos organismos das praias estão diretamente associadas à inclinação da praia, linha do continente, se simples ou acidentada e tamanho das partículas do sedimento. De um modo geral, quanto maior o grão de areia mais íngreme é a praia, menor sua diversidade. Quanto maior o grão menor o declive mais abundante será a vida local.
Praia Grande apresenta, baixa declividade e baixa granulometria dos sedimentos.

Faunistica.
A faunística praiana é caracterizada de acordo com a mobilidade de seus moradores como: residentes, visitantes e acidentais, e pelo seu porte como o caso das aves.

Arca brasiliana.


Bivalve típico de nossa praia, as vezes são encontrados na faixa do médio litoral quando são desenterrados pelo espraiar das ondas.
Coletado pela sua simplicidade e beleza, está entre aqueles que são caletatos para comercialização. Apreciados na culinária, considerados como uma iguaria e afrodizíaco.

Donax sp.


Bivalves encontradiços no mediolitoral, vivendo enterrados a pouca profundidade. Passam a vida sugando as águas circunjacentes e dela retirando oxigênio e microorganismos do plâncton.
Seus predadores naturais são peixes, aves e pescadores que os utilizam como iscas, além de moluscos gastrópodos que perfuram suas conchas e sugam seu conteúdo. É relativamente comum encontrarmos conchas com perfurações circulares, como furos feitos com brocas.

Anadara notabilis.

As anadaras fazem parte daqueles moluscos teimosos que insistem em resistir a captura e ao pisoteio maciço de banhistas, ainda conseguimos encontrar umas poucas conchas desses moluscos bivalve residentes do Litoral Médio.


Dentalium sp.

É um molusco com uma concha inconfundível pela forma similar a presa de elefante. Concha branca, com raios longitudinais e aberta nas duas extremidades. Comprimento medindo de 5 a 6 cm. Há alguns anos atrás era facilmente encontrada nas praias de São Vicente e Praia Grande. Vivem enterrados na areia, a pouca profundidade, em águas rasas, com a extremidade mais fina voltada para cima, abertura pela qual o animal respira.

Ollivancilaria urceus.

Há bem pouco tempo atrás podíamos achar e coletar muitas conchas de olivas nas praias. Por seu brilho e beleza tornavam-se irresistíveis, um suvenir obrigatório, que todo veranista acabava por levar para casa.
As olivas foram transformadas em enfeites e adornos e hoje encontrar uma concha de oliva na praia é ter muita sorte.

Olivancillaria auricularia (Lamarck, 1810).

Devido a sua abundância, facilidade de coleta, cor, beleza e brilho, as olivas foram usadas por artesões que as transformavam em colares e adornos para vestimentas.
No entanto, moluscos não são só enfeites, durante a reprodução as lesmas que vivem nestas conchas, colocam milhares de ovos. Emergindo dos ovos pequenas larvas, irão se juntar a milhões de microorganismos flutuantes - o plâncton marinho. O plâncton é como uma sopa-viva, formada por uma infinidade de microorganismos que são arrastados pelas correntezas aquáticas. Larvas de moluscos que não virarem alimento, construirão conchas que às protegerão de seus predadores.

Tellina sp.
A sanguinolaria rosada, é facilmente reconhecida por suas dimensões e coloração rosada. Enterradas nas areias do médio litoral se alimentam por um tubo, prolongação de seu corpo que recolhe da superfície a água rica em plantas e animais microscópicos.


Thais sp.


Vivem em grande número nos estuários, pastando sobre as algas que atapetam as rochas. As vezes somos surpreendidos com um inquilino, ao invés de encontrarmos uma lesma dentro da concha nos deparamos com um crustáceo. O caranguejo ermitão, paguros ou eupagurus que é um inquilino, isto é, um caranguejo que mora em uma casa que não lhe pertence, forma que encontrou para proteger seu delicado abdome, mesmo porque crustáceos não fazem conchas.

Fotografia de Paguros em concha de Thais sp.










Dosinia sp.

Bivalve pertencente à família dos venerídeos vivem nas praias arenosas enterrados a pouca profundidade, alguns tem a coloração avermelhada com brilho intenso.
As conchas são finamente sulcadas, o que confere uma aderência adequada ao animal, permitindo que ele faça seus pequenos deslocamentos sem ser arrancado pela correnteza gerada pelas ondas.


Dorsanum sp.


Este molusco já foi freqüentador de nossas praias, atualmente só são encontrados em praias preservadas.





Suvenir feito com conchas, antiga prática comum dos litorais.



















Vermes da Praia.




As poliquetas “minhocas-da-praia” pertencem ao mesmo grupo das minhocas terrestres, os anelídeos. No caso das poliquetas das praias, estas vivem em grande quantidade, enterradas em tubos e galerias que constroem. Muitas fazem seus tubos no médio litoral, onde podemos ver uma ou duas aberturas de seu tubo, por onde entra a água que será filtrada por um penacho grudento, que captura microorganismos e daí os encaminham a boca do animal.
São perseguidas por peixes e aves, seus predadores naturais, e é claro, por pescadores que as utilizam como iscas.
Algumas constroem tubos, revestidos com pequenos pedaços de conchas, folhas, areia e tudo que possam grudar, até pedaços de plástico e metais.
Normalmente crianças se assustam ao revolver as areias com seus pés e verem surgir das areias poliquetas, que são confundidas com vermes de praias poluídas. Ao contrário do que se imagina, muitas poliquetas são indicadores de equilíbrio biológico.

Equinodermos.
Encope sp

Bolacha-da-praia é uma estrela-do-mar, vive semi-enterrada na areia do infralitoral, retiram microorganismos e matéria orgânica aderida aos grãos de areia. Quando por vezes são levadas pelo movimento de correntes para fora d’água, acabando por morrer, só restando seu esqueleto calcário.
As fendas do seu corpo estão associadas à pequena mobilidade do animal. Alguns banhistas curiosos quebram as estrelas ao meio e encontrando seu aparelho bucal com formato de uma estrelinha, acabam por confundir esta estrutura com um filhotinho de estrela.


Crustáceos.
Callinectes sapidus.

O siri-azul Callinectes sapidus é considerado um predador chave na teia alimentar, controlando a diversidade, abundância e estrutura de várias comunidades bentônicas. Alimenta-se principalmente de moluscos bivalves e gastrópodes e também de organismos em decomposição.
A espécie tem ampla distribuição no Atlântico americano, encontrado desde os Estados Unidos até a Venezuela e do Rio de Janeiro até o norte da Argentina; também ocorre na Europa, onde foi introduzido em 1901, da Dinamarca até o sul da França, no leste do Mar Mediterrâneo e oeste do Mar Negro. Também é citada sua introdução no Japão.
Muitos são os crustáceos encontrados nas praias, as vezes alguns banhistas desavisados acabam tendo um encontro inesquecível, e até marcante com o nosso siri-azul.



Ocypode quadrata.
Caranguejo-fantasma, maria-farinha, siripadoca, vaza-maré, guaruçá são alguns dos nomes populares atribuídos ao Ocypode quadrada, que constroi suas tocas e galerias subterrâneas acima da linha de maré mais alta no supralitoral. Suas galerias protegidas da ação da maré-alta, mais não do pisotéio e da perseguição humana. Alimenta-se de organismos em decomposição, porém é um apreciador de ovos de tartaruga. Estudos recentes indicam que os caranguejos-fantasma são sensíveis as modificações climáticas. Intensidade dos ventos e ação das ondas como em caso de ressacas interferem diretamente em seu modo de vida. Toleram bem as temperaturas mais altas, mas temperatura inferiores a 16 graus passa a ser um fator de restrição ao seu desenvolvimento. Temperaturas mais elevadas são contornadas com as saídas ao entardecer e nos dias mais frios exploram a superfície próximo ao meio-dia. Presença humana, temperatura, vento e ressaca faz com que eles se recolham em suas tocas, encerrando as aberturas de suas galerias subterrâneas.


Tatuira.

Os indivíduos do gênero Emerita sp, são popularmente conhecidos como, Tatuíra, Tatuí ou Tatuzinho-da-praia. No Brasil o genêro Emerita está representado por duas espécies conhecidas Emerita portoricensis e Emerita brasiliensis.


As Tatuíras são todas marinhas e fazem parte da fauna que explora a região entre-marés. Organismos adaptados as duras condições de acentuadas correntes da lâmina d´água mais externa. As Tatuíras se enterram de marcha ré, sua cauda cavadora garante o rápido enterramento do animal na areia, sua longas antenas fucionam como um pente aprisionando microorganismo para sua alimentação. As fêmeas são maiores que os machos com as carapaças atingindo cerca de 3cm. Fêmeas ovígeras podem guardar até cerca de 6.000 ovos. Maçaricos e outras aves litorâneas são seus predadores naturais.



Pesquisas têm demonstrato que a compactação de praias arenosas altera as características de permeabilidade, ancoragem e penetração dos organismos residentes desse meio. Variações de temperatura alteram e até interrompem o Ciclo Reprodutivo das Tatuíras.

Ovos de tubarão.
Embora a maioria dos tubarões sejam ovoviviparos algumas raias e tubarões são ovíparos. Os embriões são protegidos dentro de pequenos envelopes retangulares com os cantos projetados, têm uma consistência coriácea. As vezes os encontramos na praia lançados pelas correntes marinhas.

Répteis.
Lagartixa-da-praia - Liolaemus occipitalis
As praias também abrigavam alguns estranhos moradores, como esse pequeno réptil popularmente conhecido como lagartixa-da-praia, tem por dieta a captura de pequenos besouros e outros insetos que vivem nas areias da praia. Infelizmente nós já sabemos as razões por não encontrarmos mais estes répteis em nossas praias.

Aves.

A Praia do Forte Itaipu/PG, por ser área militar de acesso restrito, acabou por possibilitar as aves marinhas um dos raríssimos locais de repouso.



























Gaivota-de-capuz-café.

EM CONSTRUÇÃO - EM CONSTRUÇÃO - EM CONSTRUÇÃO - EM CONSTRUÇÃO - EM CONSTRUÇÃO


Larus maculipennis, para as aves as praias são área de repouso, alimentação, e nidificação.


Trinta-reis, este é um nobre visitante e muito especial, pois realiza a maior migração do planeta. Fugindo do rigoroso inverno do hemisfério norte elas sobrevoam toda a costa oeste dos Estados Unidos, América Central, descendo as encostas Andinas, chegam em nossos litorais, onde se alimentam, descansam, nidificam e retornam ao hemisfério norte.


EM CONSTRUÇÃO - EM CONSTRUÇÃO - EM CONSTRUÇÃO - EM CONSTRUÇÃO - EM CONTRUÇÃO


Seleção Natural.
A prancha abaixo nos ajuda entender a estreita relação que existe entre presa x predador. Perceba que as aves parecem que têm o bico apropriado para alcançar sua presa específica. Esta relação levou alguns milhares de anos para acontecer.
A gravura nos permite entender que nos casos onde a densidade de aves, apesar de muito alta, não há competição pelo mesmo tipo de alimento, pois cada uma acaba buscando sua presa em locais diferentes.
Praia Grande é bastante freqüentada por aves, particularmente no Canto do Forte onde não há presença de banhistas nem o pisoteio que interfere na faunística de praia. Vale a pena fazer algumas observações sobre estes nobres visitantes.
Organize com seu professor uma aula de observação de aves, aqueles que estudam a noite também têm oportunidade de visualizar aves noturnas.



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Modelo representativo da biologia de moradores da praia.
Tudo indica que há uma convergência adaptativa nos organismos de praia. Ao que parece evolutivamente caminharam para um processo de absorção > filtragem > eliminação > de água. A adoção de uma estratégia de forçar a água cincunjascente atravessar o corpo do animal possibilita que está água carregada de microorganismos e oxigênio abasteça o animal, e ao expelir a água elimine os resíduos alimentares e o dióxido de carbono resultante de sua respiração branquial. Muitos moluscos apesar de terem uma concha que lhes confere proteção, vivem enterrados no substrato. Abrindo suas valvas projetam à superfície duas trombas designadas sifões. O sifão inalante suga a água encaminhando-a para dentro do corpo onde um sistema de brânquias revestido com cílios irá triar o que é comestível e o que deve ser eliminado através da outra tromba, o sifão exalante.

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Principio do Sifão Sistema Incurriente e Excurriente
Organismos como as poliquetas, por exemplo, constroem uma galeria na forma de “U”, e com movimentos de vai e vêm dentro do tubo, criam um sistema de corrente de fora para dentro do tubo, estas aberturas podem ser vistas na areia da praia.
Considerando que existem milhares de organismos filtradores na região do medilitoral acabamos por ter um Sistema Branquial Gigantesco. É como se tivéssemos longas lâminas vivas que estariam recolhendo microorganismos do mar e retornando material orgânico. Imagine agora se ao absorver a água esta esteja poluída o que você acha que irá acontecer a este tecido vivo?
Penso que você conhece a resposta.

Pingüins, Leões marinhos, Focas e Pedras.
As correntes marinhas as vezes arrastam visitantes do extremo sul para nossas praias, entre eles, pingüins, leões marinhos, focas, pássaros e até pedras.
Pedras-da-praia.
Resultante de as atividades vulcânicas, há o lançamento de espumas vulcânicas, púmices ou como são mais conhecidas pedra pomes, minerais aerados que se solidificam em contato com ás águas marinhas. Devido a sua baixa densidade são arrastadas pelas correntes e lançados nas praias, confundidas com as pedras de Java, usadas em vasos de plantas ornamentais, diferem pela cor e tamanho, cores variadas dependente dos minerais que às compõem assumem as colorações verdes, rosa, preta e outras.

O que os olhos não vêem?
Caminhar na praia é fascinante ficamos deslumbrados com a beleza do espaço das ondas, o horizonte marinho fazendo fronteira com o céu é poético. Mas, se atentarmos para a areia da praia vamos perceber que ela tem tons diferentes, certamente iremos concluir que é formada por materiais diferentes. Faça uma experiência: pegue amostras de diferentes tonalidades, leve para casa e examine com uma lupa de bom aumento. Você ficará surpreso com a biodiversidade de organismos, microconchas, caracóis diminutos, ramos calcários de algas e outros animais, tubinhos calcários e até microfósseis com milhares de anos. Experimente, faça.


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Organizando uma coleção de referência.

Introdução.
De um modo geral toda criança conhece a relação entre leões, zebras e hienas, e acabam por compreender a relação presa predador destes e de outros animais que não pertencem a nossa fauna.
Paradoxalmente, poucas pessoas conhecem a relação dos moluscos filtradores, ou da maior floresta invisível do planeta o Fytoplâncton e o impacto dos poluentes da vida dos organismos litorâneos. Pouco ou nenhum material existe nas escolas para trabalharmos este tema.
Fica complicado falar sobre Educação Ambiental se pouco ou nada sabemos sobre a biologia do litoral, organizar coleções nos ajuda a entender um pouco melhor o meio em que vivemos.
Objetivo:
Conhecer as formas de vida mais conspícuas de nossas praias, sua importância e papel ecológico.
Popularizar as formas de vida residentes e temporárias da praia.
Material:
Confecção de caixas para exposição dos organismos.
Organizar bibliografia pertinente.
Coletar “só” organismos mortos e suas partes, para organização da coleção na escola com acompanhamento e orientação de um docente responsável.

Confecção de Caixas Para Coleções de Referência.

Impactos.
As administrações públicas pouco puderam fazer para atender as demandas resultantes do crescimento desordenado das cidades litorâneas, lidar com o fenômeno do turismo, das concentrações religiosas, da especulação imobiliária requer além de esforços governamentais, comportamentos individuais.
O pisoteio em massa dos banhistas sobre as areias, que acaba por compactar as areias, aliado ao lançamento dos efluentes doméstico e industrial, interferem na biodiversidade praiana, a ponto de algumas espécies só existirem nas coleções dos museus, ou são mencionadas nas bibliografias de um passado recente.

Porém um dos maiores problemas que enfrentamos é o da ausência da temática “praia” nos bancos escolares. Somos ignorantes do nosso próprio habitat, conhecemos e identificamos algumas relações da fauna de outros continentes, como leões, zebras e hienas, e desconhecemos qual o papel dos bivalves e quase nada sabemos sobre a maior floresta invisível do planeta - o Fytoplâncton.
Exercer a cidadania significa apoderarmos do conhecimento que nos é vital, é hora de pensarmos em uma “Escola do Litoral”, que reconheça a vocação que lhe é nata.
Escolher conteúdos e temas é decisão pessoal do docente e expressão de seu trabalho.
































































































































Bibliografia:







Iheringia. Série Zoologia
Iheringia, Sér. Zool. vol.98 no.1 Porto Alegre Mar. 2008
Crescimento de Callinectes sapidus (Crustacea, Decapoda, Portunidae) no estuário da laguna dos Patos, RS, Brasil
Leonardo S. FerreiraI; Fernando D'IncaoII



















Distribuição e estrutura Etária de Ocypode quadrata (Fabricius, 1787) (CRUSTACEA, DECAPODA, OCYPODIDAE) EM PRAIA ARENOSA DO LITORAL SUL DO BRASIL.










ALBERTO, R. M. F.1 e FONTOURA, N. F.2
Museu de Ciências e Tecnologia (MCTPUCRS); Instituto de Biociências Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul/ PUCRS.
Porto Alegre, RS, Brasil - 1999.









Ecologia populacional de Emerita brasiliensisSCHIMITT, 1935 (Crustaces,Hippidae) de um trecho da praia de Itapoã, Vila Velha, Espírito Santo, Brasil.









Frederico J. Eutrópio, Fabrício S. de Sá & Hélio S. Sá.


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