quinta-feira, 20 de maio de 2010

Vida na Praia - Paulo Ferreira

Notícia do dia 30/12/2008

Por Lorena Flosi , MTB: 40.295
Museu comemora 42 anos de PG com exposição

Visitantes conferem cotidiano da Cidade no “Vida na Praia”
Autor: Alexandra Giulietti
Quem quiser ter uma noção do cotidiano de uma cidade praiana pode visitar a exposição temporária “Vida na Praia”, no Museu de Praia Grande, que integra o complexo cultural do Palácio das Artes, no Boqueirão. A partir do dia 6, a visitação estará aberta a moradores e turistas, que poderão desfrutar de um ambiente interativo com areia, baldinhos e muita diversão. Para ilustrar o cenário litorâneo, serão utilizados vídeos, apresentações, documentos, amplo acervo de conchas e outros exemplares de organismos marinhos.


A exposição fica no Museu da Cidade até o dia 28 de fevereiro e faz parte das comemorações dos 42 anos de emancipação político-administrativa de Praia Grande, que serão completados dia 19 de janeiro.

“A exposição tem como objetivo convidar à reflexão”, afirma a chefe do Patrimônio Histórico da Secretaria de Cultura e Eventos (Secult), Mônica Solange Rodrigues e Silva. “Até que ponto vemos nossa cidade como um patrimônio? Qual o nosso grau de percepção sobre o fato de que a praia, assim como todo o ecossistema que a rege é um legado, que teremos que deixar para as próximas gerações?”, indaga.

Mônica explica que a exposição discute as relações de vida na praia de maneira abrangente. “Nem só a necessidade de proteção da vida marinha é abordada, mas toda a trajetória de desenvolvimento e urbanização das praias do Município. Do balneário, quase deserto das décadas de 20, passando pelo turismo desordenado dos anos 80 e pela urbanização nos idos de 90, nosso objetivo é buscar a reflexão sobre as conseqüências das transformações neste espaço, e qual nosso papel no futuro”.

Agregada à exposição de longa duração, que não deixará o museu, a mostra usa elementos visuais para ambientar os visitantes. Já na entrada do museu, uma instalação onde um tanque de areia com baldinhos, conchas, pipas, redes de pesca e até uma talamanca - espécie de flutuante muito usado para pesca - convida quem chega a um verdadeiro mergulho na história da relação humana com a praia.

Nos terminais de computador, imagens atuais e antigas mostram o mesmo espaço em outras temporalidades, abordando assuntos como pesca, turismo e ecossistema, além de uma apresentação interativa sobre a história da formação de uma praia, com controles manipuláveis.

O estande de história oral, equipado com televisores e fones de ouvido, traz imagens caseiras da década de 40, onde uma família se diverte nas areias do Município. Em uma mesa expositiva temática, além de conchas e outros organismos originários de Praia Grande, documentos textuais e iconográficos contam o trajeto de desenvolvimento do turismo no Município, uma reportagem de 1975 falando da polêmica das cabinas para turistas. Muito usadas até os anos 60 para que os visitantes pudessem trocar de roupa, as cabinas eram consideradas símbolo da falta de estrutura nos anos 70.

Mônica explica que a mostra foi pensada de acordo com a vocação do Museu da Cidade, que é mostrar a história como algo construído por todos. “Nesta exposição específica, buscamos a identificação entre turistas e moradores com o espaço litorâneo, não só como um ambiente de diversão e lazer, mas como uma extensão de nosso patrimônio. A reflexão principal é: qual a nossa responsabilidade sobre o futuro deste espaço? O que podemos fazer para entregá-lo às futuras gerações melhor do que encontramos?”

O Museu da Cidade é parte do complexo cultural Palácio das Artes, na Avenida Presidente Costa e Silva, nº 1.600. A visitação é gratuita, e pode ser feita de terça a sábado, das 14 às 18 horas. Outras informações pelo telefone 3496-5706.

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